Cirurgia Endodontia
A Cirúrgica Endodontia é o procedimento de escolha para o tratamento de lesões de origem endodôntica (granulomas e quistos)
A Endodontia Cirúrgica é o procedimento de escolha para o tratamento de lesões de origem endodôntica (granulomas e quistos) que não respondem a uma terapia endodôntica convencional ou que não podem ser tratadas com uma terapia endodôntica convencional através da coroa dentária. O objetivo da Endodontia Cirúrgica é obter limpeza, conformação e obturação tridimensional da porção apical do canal radicular quando este não é tratável através da cavidade de acesso criada na coroa do dente, sendo apenas acessível cirurgicamente. A operação é realizada inteiramente com a ajuda de um microscópio operatório e tem uma taxa de sucesso a longo prazo muito alta.
Normalmente, um raio-x irá identificar que existe um bloqueio no canal que está a impedir o acesso, tratamento e correção do problema. Assim sendo, este só pode ser resolvido através do tratamento dos ápices das raízes (nas pontas das raízes). Durante a cirurgia, a extremidade radicular é identificada no osso e uma pequena quantidade dela (cerca de 3mm) é retirada (faz-se a chamada apicectomia), assim como os tecidos da lesão à volta da raiz. A extremidade da raiz é então preparada e um material próprio é colocado para selar o canal e evitar que se forme nova lesão à volta da raiz.

– O que causa a formação de um granuloma e um quisto em volta da raiz do dente
A formação de um granuloma ou de um quisto é causada pelos produtos tóxicos das bactérias que colonizam o canal da raiz que foi ocupado previamente pela polpa e que escapam através das passagens de comunicação entre o canal da raiz e os tecidos circundantes.Tudo o que se tem de fazer, para o granuloma ou quisto curar, é tratar corretamente o canal radicular removendo as bactérias e quaisquer resíduos de polpa que por agora se tornaram necróticos, e obturar o canal com um material inerte que seja capaz de selar todas as passagens de comunicação, tanto apical como lateralmente, da raiz. A cicatrização levará ao desaparecimento da área escura radio-transparente que é visível nas radiografias e isso geralmente acontecerá durante 6-12 meses, independentemente das dimensões da lesão.
– Quando é que a cirurgia é indicada
A única indicação real para a Endodontia Cirúrgica é a presença de um obstáculo que não permita que se prepare e obture os canais com a abordagem tradicional. O obstáculo em questão pode ser representado pela presença de um espigão (embora hoje estejam disponíveis instrumentos capazes de remover com segurança grandes espigões metálicos), calcificações, materiais de obturação antigos e inamovíveis, etc. Noutros casos (quando a terapia endodôntica anterior fracassou), a anatomia canalar original pode estar tão severamente alterada que se torna impossível qualquer tipo de tentativa de salvar o dente com o método tradicional.
Em todos estes casos é preferível levantar um retalho cirúrgico, e tratar o ápice da raiz por meio de uma abordagem cirúrgica, ou seja colocando um selamento apical, uma vez que o acesso normal foi obstruído por uma razão ou outra. A preservação de um dente que pode ser tratado com este método é uma inegável vantagem biológica para o paciente. Além disso, em apenas uma consulta o paciente resolverá seu problema dentário sem ter que recorrer a procedimentos longos e onerosos, como uma coroa, uma ponte para substituir um dente extraído ou um implante.
– Tempo de tratamento
O tratamento é realizado na prática sob anestesia local. Não é doloroso e o tempo pode variar de acordo com a dificuldade do caso. Também pode ser realizado nos molares superiores e inferiores e não apenas nos dentes da frente (incisivos e caninos) como é comumente acreditado. A única limitação é determinada pela forma como a bochecha é retrátil, uma vez que pode condicionar o acesso cirúrgico.
– Etapas do tratamento
O tratamento consiste numa administração de anestesia local seguida por uma incisão gengival para expor o osso subjacente e aceder ao dente que necessita de tratamento. Depois de se aceder à raiz do dente, a porção mais apical da raiz é removida (geralmente cerca de 3mm), usando pontas ultrassónicas específicas. Em seguida, 3mm do canal são preparados dentro da raiz e um material de obturação é então colocado nessa cavidade de 3mm. Hoje existem materiais biocompatíveis que garantem maiores taxas de sucesso do que era possível no passado. Se a lesão foi causada por bactérias num canal lateral, a preparação e a obturação retrógrada do canal lateral em questão é obviamente realizada. O microscópio operatório ajuda imenso neste procedimento, principalmente na preparação da cavidade de 3mm e obturação da mesma.

– Fazer o acompanhamento do tratamento e verificando o resultado do mesmo
Todas as terapias endodônticas, tanto as que são realizadas tradicionalmente, através da coroa do dente, e as que são realizadas cirurgicamente, tem que ser verificadas regularmente em intervalos de 6 meses, pelo menos durante dois anos. Se o tratamento for bem-sucedido nos 6-12 meses seguintes, a área radio-transparente que se verificava inicialmente, deixa de estar presente ou seja, deverá ter desaparecido completamente nas radiografias tomadas durante o check-up. O dente que sofreu uma apicectomia terá um prognóstico a longo prazo que é efetivamente semelhante ao de outros dentes vizinhos, desde que seja corretamente reconstruído de um ponto de vista conservador ou protético.
– Sintomas pós-operatórios
Os sintomas pós-operatórios que o paciente possa sentir, são menos pronunciados do que aqueles relacionados com a extração dentária. Qualquer dor ou inchaço pode ser tratado com medicação analgésica e anti-inflamatória. Após 2-3 dias os sintomas começam a melhorar consideravelmente.
– Quando os pacientes podem voltar ao trabalho
Os pacientes serão capazes de voltar ao trabalho, desde que não seja trabalho físico, 4-5 horas após a operação. Um dia de repouso pode ser prescrito de acordo com o tipo de operação realizada. No entanto, deve-se ter os seguintes cuidados:
– Não fazer atividade física excessiva;
– Não fazer nenhuma atividade que cause um aumento de fornecimento de sangue para a cabeça;
– Não se expor ao sol, principalmente no verão;
– Ter uma dieta mole e que não seja muito quente;
– Seguir as recomendações do médico.
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